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quarta-feira, 10 de maio de 2017

MUNDO - Mulheres e negros registram maior alta de desenvolvimento humano municipal

Apesar das desigualdades persistirem, de 2000 a 2010, os grupos mais vulneráveis (mulheres e negros) tiveram uma maior alta no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) no Brasil. As informações são do relatório “Desenvolvimento Humano para Além das Médias”, que traz o IDHM por cor, sexo e situação de domicílio (urbano ou rural). No intervalo de uma década, a taxa de crescimento anual do IDHM da população negra foi de 2,5%, ante 1,4% dos brancos, 1,9% das mulheres e 1,8% dos homens.

Segundo o coordenador da INCT Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Marco Aurélio Costa, o balanço dos anos 2000 é bastante positivo, porque houve uma redução das desigualdades, entretanto, em relação à 2010, há uma permanência das desigualdades. “Especialmente na situação de domicílio, os indicadores rurais são piores que os indicadores urbanos”, disse.

Costa informou ainda que, em relação a cor e sexo, a cor é um conjunto de indicadores pior que o de gênero. “A diferença dos dados da população negra para população branca é maior que a diferença de homens e mulheres. Isso chama a atenção e coloca uma demanda para as políticas públicas”, afirmou.

O estudo foi divulgado hoje (10) pelo Pnud, o Ipea e a Fundação João Pinheiro (FJP). As informações são dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000 e 2010 e abrangem dados nacionais, das 27 unidades da Federação, de 20 regiões metropolitanas e 111 municípios com mais de 228 mil habitantes.

O conjunto dos dados desagregados pode ser acessado na plataforma www.atlasbrasil.org.br. O relatório Desenvolvimento Humano para Além das Médias está disponível nas páginas do Ipea e do Pnud na internet.

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