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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

RELIGIÃO - Evangélicos se unem para combater preconceito dentro das igrejas

A funcionária pública Laudicéia Reis Silva dos Santos, o pastor Marco Davi e a empreendedora Evelyn Daisy, de grupo de estudos sobre raça e evangelho
Em parte por causa do ativismo conservador de alguns líderes evangélicos - especialmente no Congresso Nacional -, pastores e fiéis herdaram uma reputação de intolerância aos olhos dos defensores do Estado laico e dos direitos humanos. Para muitos evangélicos, no entanto, a realidade é outra - em diversas vertentes religiosas, existem iniciativas que pretendem evitar a disseminação de ideias preconceituosas e a defesa dos direitos humanos nas igrejas.

Em São Paulo, por exemplo, o pastor batista Marco Davi de Oliveira coordena um grupo de estudos sobre raça e evangelho com o objetivo de combater o racismo dentro da igreja, enquanto a pastora metodista Lídia Maria de Lima organiza eventos religiosos para fazer um alerta sobre a violência doméstica e praticar o que chama de "teologia feminista". A centenas de quilômetros dali, o teólogo batista e pastor José Barbosa organiza em Belo Horizonte o movimento "Jesus Cura a Homofobia", que busca combater o preconceito contra gays entre os evangélicos.

E eles garantem que há outros pastores fazendo trabalhos semelhantes em vários Estados brasileiros.
"Em razão do ativismo evangélico conservador no plano político e moral, os evangélicos têm sido muito mal vistos pela imprensa, por defensores da laicidade do Estado, dos direitos humanos e por grupos feministas e LGBT", diz à BBC Brasil Ricardo Mariano, professor de sociologia da USP e autor do livro Neopentecostais , que traça o perfil das igrejas evangélicas no país.

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