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quinta-feira, 8 de maio de 2014

POLÍTICA - Dilma convida jornalistas para jantar e apimenta nas críticas aos adversários

Dilma reuniu jornalistas para um jantar no Palácio da Alvorada
A presidenta Dilma Rousseff aproveitou o jantar, de mais de quatro horas, com jornalistas no Palácio do Planalto para tocar nos vários temas que a têm incomodado nos últimos dias. Da economia à política, com direito a críticas aos dois principais adversários: o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador pernambucano Eduardo Campos. Sobre 2015, Dilma negou que será um ano de duros ajustes na economia e também prometeu que não haverá aumento de impostos.

– É absurda essa história de o Brasil explodir em 2015. É ridículo. Pelo contrário, o Brasil vai bombar – disse ela. No entanto, admitiu que o próprio Palácio do Planalto tem preocupação com alta dos preços dos serviços. – Tem uma coisa que explica o mau humor, que é a comparação entre taxa de crescimento de bens e taxa de crescimento de serviços – afirmou.

Sobre os adversários, Dilma alertou aos eleitores, sem citar nominalmente o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que, durante encontro com empresários, disse que não terá receio de tomar medidas impopulares, já no primeiro dia de um eventual mandato presidencial.

– Tem gente dizendo que tem medidas impopulares. Tem que ter cuidado para que medida impopular não se transforme em medida antipopular – disse.
O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) também não escapou às críticas:
– Aí vem uma pessoa e diz que a meta de inflação é 3%. Faz uma meta de inflação de 3%… Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%. Eu quero ver como mantém investimento social e investimento público em logística. Não segura fazer isso.

A CPI da Petrobras também figurou no cardápio, mas Dilma se diz tranquila.
– Não tenho temor nenhum de CPI. Não devo nada, o governo é de absoluta transparência – disse, e aproveitou para falar sobre a polêmica compra da refinaria de Pasadena, dizendo que pode ter havido equívoco da diretoria da estatal, mas não má-fé. “Até onde eu sei, não teve má-fé. Pode ter equívoco, mas não teve má-fé”.

Dilma também rebateu as críticas de que estaria represando reajustes de tarifas no ano eleitoral. Sobre o reajuste da gasolina, afirmou que não há defasagem nos preços:

– Não existe nenhuma lei divina que diga que preço do petróleo tem que variar de acordo com humor do mercado. Nos Estados Unidos, isso não acontece com o shale gás. Defasagem da gasolina? Me mostra a conta. O que está defasado?

Sobre a crise no setor elétrico, defendeu as medidas adotadas no ano passado e afirmou que sem os investimentos do governo federal, a situação seria muito pior. E aproveitou a deixa para criticar o governo de São Paulo, que enfrenta a crise da falta de água.

– A crise é 100 mil vezes pior que em 2001. São Paulo não investiu. Nós botamos muito dinheiro no modelo hidro/térmicas. Qualquer tentativa de repartir responsabilidade com o governo federal sobre o problema da água em São Paulo é má-fé . A responsabilidade é de São Paulo – afirmou.

Ainda no jantar, ela falou sobre o “Volta, Lula”, e disse que sua relação com o ex-presidente é mais forte do que se imagina. – Tenho certeza que o Lula me apoia neste exato instante – concluiu

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