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terça-feira, 17 de setembro de 2013

G1RN - Secretaria de Saúde do RN alerta sobre os perigos no uso do narguilé

A Secretaria da Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte começa a distribuir, para todas as unidades regionais de saúde, um material educativo que trata da campanha nacional que alerta sobre os perigos do consumo e a iniciação precoce ao narguilé, tipo de cachimbo oriental também conhecido como 'cachimbo d'água'.

Participar de uma sessão de fumo de narguilé por uma hora, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), equivale a consumir cerca de 100 cigarros. Além de incluir 4,7 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro comum, o fumo do narguilé possui concentrações superiores de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados e substâncias cancerígenas, de acordo com o instituto. Quase 300 mil pessoas em todo o país consomem o narguilé, segundo estudo feito no ano passado pela Pesquisa Especial sobre o Tabagismo (PETab), realizada pelo Inca junto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Lizabeth Guimarães, coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo no Rio Grande do Norte, “da mesma forma que o cigarro, o uso do narguilé está associado ao desenvolvimento do câncer de pulmão, de doenças respiratórias como a enfisema pulmonar, doença periodontal, entre outras, além de proporcionar ao organismo a exposição a doses suficientes de nicotina que causam dependência. Como o narguilé pode ser usado por várias pessoas simultaneamente, também há riscos de se contrair doenças infectocontagiosas como herpes, hepatite C e tuberculose”, alerta.

Conhecido também como cachimbo d' água ou shisha ou hookah, o narguilé é um dispositivo para fumar, tipo um cachimbo, no qual o tabaco é aquecido por um fogareiro onde se usa carvão para queimar o fumo e a fumaça gerada passa por um filtro de água para ser resfriada, antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Como qualquer outro produto derivado do tabaco, o narguilé contém nicotina e as mesmas 4.700 substâncias tóxicas do cigarro convencional.


Lizabeth Guimarães alerta que um dos maiores perigos no uso do narguilé são as misturas que alguns usuários estão fazendo, como o acréscimo de drogas ilícitas, líquidos inflamáveis como o álcool e alguns metais pesados que podem causar dependência química, além de grandes estragos ao organismo. Ela cita o exemplo de um rapaz no Paraná que sofreu queimaduras em 70% do corpo, após misturar álcool ao carvão utilizado no narguilé. O dispositivo explodiu e o rapaz sofreu queimaduras graves no rosto e em todo o corpo.

G1RN

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