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terça-feira, 10 de setembro de 2013

ASSU - Queda acentuada da produção na cajucultura potiguar é discutida em encontro regional

ASSÚ - Com a participação de representantes de nove entidades cooperativistas que atuam no setor em todo o Estado, ocorreu na última semana, em Assú, o penúltimo encontro trimestral da cadeia produtiva da cajucultura. O evento teve lugar ao auditório do escritório regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae/RN).

Um assunto atraiu a preocupação de todos em particular: a substancial redução da produtividade do segmento. A discussão envolveu, além dos dirigentes de organizações que atuam no beneficiamento da castanha do caju, representantes de entidades e instituições parceiras, como o próprio Sebrae, a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn).

"Hoje, infelizmente, a cajucultura do Estado está num processo de decadência", descreveu o presidente da Cooperativa dos Pequenos Produtores do projeto de assentamento Novos Pingos (Coopingos), em Assú, Manoel Cristiano da Cunha. Ele frisou que é perceptível que, anualmente, a produção tem decrescido. Por esta razão o tema foi preponderante no encontro de quinta-feira, uma vez que o problema requer uma solução.

"O que a gente quer e deseja é que seja possível reverter este quadro [de queda da produção]", acrescentou o líder cooperativista. Manoel Cristiano disse que por conta dos dois anos de prolongada estiagem mais de 80% dos pomares de cajueiro gigante extinguiram-se. Uma opção suscitada na reunião foi a substituição do cajueiro gigante pelo espécime anão precoce. A alternativa é vista como viável pelo pesquisador José Simplício Holanda, da Emparn.

"Estamos enfrentando esta problemática com relação à cajucultura, não só no nosso Estado, mas no Nordeste todo", observou o pesquisador. Ele frisou que, apesar ser uma árvore originária do Norte/Nordeste, hoje o país perdeu a condição de maior produtor mundial para outras nações, citando Índia, Vietnã e alguns países do continente africano. "O fato é que hoje estamos vivendo este declínio e o Brasil é o quinto país do mundo em produção de castanha".


POSSIBILIDADES
O pesquisador da empresa estadual vê como alguns fatores que poderiam estar levando a tal cenário a idade dos pomares - em média de 40 a 50 anos - a falta de manejo na atividade por parte dos produtores rurais. O próximo encontro de avaliação será realizado em dezembro. Na reunião realizada em Assú compareceram delegações dos municípios do Assú, Severiano Melo, Apodi, Vera Cruz, Macaíba, Touros e Portalegre.

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