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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CURIOSIDADE

Entre quatro paredes com uma prostituta da Roma Antiga

Um grupo de jovens, um prostíbulo, a primeira relação sexual. Tudo isso ambientado na Roma Antiga. Essa é uma das anedotas presentes em Valentia, Las memorias de Caio Antonio Naso (sem tradução para o Português), livro de Gabriel Castello Alonso. 

Percorrendo diferentes espaços e épocas da história europeia, uma das narrativas é sobre a narração da ida de um grupo de jovens a um prostíbulo romano no século 1 a.C. Ficou curioso para saber como era o trabalho de uma prostituta há mais de dois milênios? A gente traduz alguns trechos do livro. Confira:

 

Agora, nunca poderei dizer que não estive em um lupanar [prostíbulo romano]. Em troca, ficou marcada a primeira vez em que fiquei sozinho com uma mulher. Foi logo após o primeiro e desastroso convite. Essa angústia passou. 

Em uma tarde preguiçosa de verão, nos reunimos à sombra dos arcos do Fórum meu amigo Libieno, Emilio e eu com meu irmão Lúcio e um de seus amigos na cidade, um homem chamado Publius Quintilio Albo, um filho loiro de gauleses imigrantes. De qualquer forma, meu irmão e seu colega nos convenceram de que deveríamos ir juntos a um bordel fora das muralhas. 

Aquele famoso bordel estava perto da ponte de moinho e era uma casa de muito má reputação em círculos sociais valentinos. Sua notoriedade era má, porque mais do que um juiz era cliente regular. Era uma grande fachada, sem janelas, e um portão com um olho mágico, no meio de um bosque de acelga e alface. Depois de meu irmão tocar duas vezes a porta e dizer a coisa ininteligível ao escravo que espiou pela janela, as dobradiças da porta rangeram baixinhas e passamos ao prostíbulo. [...]

Neste instante, saiu de vários cantos dos quartos adjacentes uma variedade grande de meninas e meninos. Dessas, umas muito jovens e outras já maduras, iam vestidos com roupas de finíssimos tecidos, estavam maquiadas com todos os tipos de bálsamos exóticos e algumas outras tinham tingido o cabelo com pasta de sebo e cinzas. 

Aqueles insinuantes e sugestivos vestidos deixavam aparecer as auréolas coloridas que coroavas seus valiosos bustos e encaracolavam os cantos de suas virilhas. Os três jovens imberbes tinham seus corpos cobertos com óleos aromáticos e cobriam os seus membros com uma tanga curta e simples.
[...]
Meu irmão negociou no grupo e conseguiu fechar com Arvina os custos de sua apetitosa mercadoria, fechando em 50 moedas de prata por uma hora de trabalho. A menina morena que tanto gostava de mim pegou minha mão e me levou para o seu cubículo, uma pequena e encardida cabana onde um banquinho e uma cama eram sua única mobília. [...] Ela me levou ao seu ninho de delícias. Fechou as cortinas de serapilheira rasgados que fechavam a porta e me levou para a cama. Com um movimento lento e rítmico, se enrolou no vestido desde as panturrilhas, tirando-o por cima da cabeça, mostrando gradualmente em toda sua plenitude sua sublime nudez. 

Ela tinha grandes olhos cor de mel e um cabelo ondulado preto caindo em cachos sobre seus seios duros. Baixei meu olhar por um momento e vi como meu membro ereto já se marcava, e manchava, no manto. Lembro-me de suar como um escravo, não pelo calor úmido e intenso do quarto pequeno, mas por estar animado diante o toque iminente de nossos corpos …  E eu ainda estava com medo de não ser suficiente para aquela jovem. Apesar de sua pouca idade, a menina sabia bem o que fazia.
[...]
Quando saí do cubículo, suado, vaidoso e muito mais satisfeitos do que um general durante um Triunfo (a mais alta honraria concedida a um general do Senado depois de uma campanha vitoriosa), me encontrei com meus outros amigos que também confortavelmente haviam alcançado seu objetivo.”

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